Já li muita coisa, mas nunca tinha lido aquilo que o teu olhar escreveu em mim. Algo diferente, algo capaz de deixar marca. Não sei explicar, li algo que me surpreendeu bastante, se calhar li demais, se calhar não devia ter lido… Mas foi algo mais forte do que eu.
Olhei para ti pela primeira vez, e desde logo vi nos teus olhos, que alguma coisa se passava, algo incerto, algo misterioso. Prendi-me no teu olhar por segundos e li, “(…)”… Não foi a própria frase ou aquilo que li que me surpreendeu, foi a maneira como os teus olhos o disseram e o escreveram em mim. Com um toque suave, doce, com um toque especial de carinho. Durante segundos, que me pareceram horas, eu estive preso ao teu olhar, a imaginar o que é que o teu sorriso tinha para me dizer já que, o que os teus olhos disseram não se diz a toda a gente.
Durante a luz da lua, tentei ler, mais uma vez, o que o teu sorriso me queria dizer, e não, não consegui ler…
Faltava alguma coisa, faltava-me a palavra certa para poder dizer, “Apanhei-te”, dizer que consegui ler outra mensagem. Desta vez o teu sorriso não se abriu, não como os teus olhos que me disseram que eras diferente do mundo e igual a todos. Notei aquilo a que se pode chamar, momento especial… algo que nunca tinha vivido, algo que me fez pensar muito sobre tudo e sobre todos…
À luz da lua, à beira mar, tentei descobrir quem eras, o que eras, pois eu não te achava normal. Pensava em ti como alguém diferente mas, ao mesmo tempo, sempre igual. Pensava que, como tu, não existia… Sempre presente naquilo que eu dizia, sempre atenta ao que dizias, sempre meiga e calma. Com um tom de voz que só por si me fazia acalmar, estava nas nuvens, até as palavras me faltavam só de te ouvir falar. Só de olhar para ti, já não sabia o que dizer.
Mas continuei a pensar na mensagem que os teus olhos me mandaram. Ainda agora penso. Será que foi? Aconteceu? Não sei ao certo o quê, mas gostava de o saber. É uma sensação… Parece que já nos conhecíamos à bastante tempo, à anos, mas não. Conhecemo-nos numa calorosa noite, onde falamos durante horas à luz da lua. Lua à qual te igualas, pois para mim tu és uma estrela, algo que caiu do céu e eu apanhei. Alguém que tem um brilho especial…
Foi o destino? Não sei… Será que o Destino também previu que eu me ia apaixonar por uma estrela como tu?
O Destino… Algo que não se consegue caracterizar. Podemos mudá-lo? Claro. Mas é difícil. Só digo que não foi por acaso que o nosso primeiro encontro aconteceu. Não foi por acaso que eu te conheci e tu me conheceste. Foi algo para além das nossas forças ou vontades. É algo a que não devemos resistir. É algo que devemos receber, de braços abertos.
Depois disso, vem a parte chata. Vem aquela parte em que tiveste de levar com as minhas dedicatórias, declarações e confissões… Estou contente? Não. Não estou, pois quero mais. Não estou, porque não queria estar assim. A pensar naquilo que disse, a pensar se disse as palavras certas, se te ajudei a decidir alguma coisa. Uma pessoa não ama porque sim. Uma pessoa ama, porque… Amar, outra palavra que não podemos caracterizar universalmente.
O que é o amor neste mundo? Será que existe? Será que amamos mesmo, de verdade, aqueles a quem dizemos todos os dias “Amo-te”? Vale a pena amar?
Não sei não… E quando ficamos confusos, não sabemos se é amor, se é amizade. Ainda estamos atordoados do pensamento que tivemos. Quando uma pessoa fica confusa por causa de outra, só quer dizer uma coisa, está entre o Amor e a Amizade. Quer alguma coisa mas não sabe o quê… Isso é mau? Querermos algo sem saber o quê? E se tentarmos? Se arriscarmos pelo menos uma vez na vida, que é tão pequena. Vai fazer-nos mal? Arriscar para sermos felizes, faz sentido não faz?
Agora, depois de lerem isto, pensem o que foi que eu li, nos olhos desta pessoa. O que foi que eu vi no sorriso dela.
Para quem merece,
Edgar
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3 comentários:
Parabéns! Finalmente o Trio está a expressar-se. (tens alguns erros de ortografia, à tem H, mas não digas a ninguém).
Adorei o teu texto principalmente porque és um Homem que não tem "medo" de assumir o que sente. Sim, estás apaixonado! Será que é aquela Estrela Cadente? Continua nas duas coisas...
Devo dizer que não esperava ver no final do texto um nome masculino. Em geral, os homens não se expoem. Mas está um texto muito expressivo, creio que tão expressivo como aquele olhar. Parabéns... duplos.
Só hoje me apercebi que ainda não tinha comentado este lindo texto... para mim!
Obrigada! As tuas palavras são muito bonitas de se ouvir. Tenho a certeza que encontrarás alguém que as saiba ouvir melhor do que eu. Continua quem és!
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